Projeto de conclusão do curso de Desenho Industrial - Projeto de Produto na Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2022
Laís Batista Passos
agra-
deci-
mentos
“Ah, tem uma repetição, que sempre outras vezes em minha vida acontece. Eu atravesso as coisas – e no meio da travessia não vejo! – só estava era entretido na idéia dos lugares de saída e de chegada. Assaz o senhor sabe: a gente quer passar um rio a nado, e passa; mas vai dar na outra banda é num ponto muito mais embaixo, bem diverso do que em primeiro se pensou. Viver não é muito perigoso?”
Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas
"A vida inventa! A gente principia as coisas no não saber por que, e desde aí perde o poder de continuação - porque a vida é mutirão de todos, por todos remexida e temperada."
[Grande Sertão: Veredas]
Eleonora Fabião
dádiva
corpo
performance
definir o tema
emaranhados: alinhavando afetos



cultura
arte
expressão
moda
identidades
gente
histórias
trocas
sabedoria
assegurar a vida em sua diferença e multiplicidade
exercitar o direito à alteridade e à fabulação de identidade
experimentar outras sociabilidades
tecnologia social
compor uma indisciplina: isto é um projeto de design?
trecho de Manoel além da razão - José Castello, no livro Meu quintal é maior do que o mundo - seleção de poemas de Manoel de Barros:

“O objetivo da poesia de Manoel de Barros não é explicar, mas “desexplicar”. Ela se desenrola além da razão e de seus bons argumentos. Por isso, provavelmente, é uma poesia que se apega à infância, momento da vida em que todos os sentidos ainda estão por se fazer. A criança tem a liberdade para cultivar uma visão torta das coisas. Seu olhar é sinuoso, e não reto. A razão - que nos fascina desde o Iluminismo - ainda é uma quimera. Nesse corajoso retorno à infância, Manoel trabalha com inversões, deslocamentos, deformações - “brincadeiras” semelhantes à dos primeiros anos de vida. Pode dizer coisas como: “O córrego ficava à beira/ de um menino…” ou “lava um pássaro”. É toda uma realidade que se inverte, libertando-se das amarras do bom senso. Não só dele, mas do valor solene e definitivo que os adultos, em geral, atribuem às palavras.”
reflexões estético-políticas
"Foi preciso respeitar o tempo próprio - lento - de minhas processualidades e também a porosidade do meu corpo, que é feito de membranas em contínuas trocas com o meio."
sociabilidade
design
Donna Haraway
limitar o limite: desejos e contornos
pesquisa plástica



Lygia Clark
Helio Oiticica
desvios
bricolagem
paraíba
gestão
participativa
antropologia
Tim Ingold
relação
fazer-com
clínica
vida
popular
cavalo-marinho
brincadeira
programa performativo
COVID-19
máscaras
uma composição associativa multiplicativa
dispositivo
coisa
ação
coisa-ação
algodão colorido
antropofagia
contemporâneo
alteridade
experimentação
crítica
ética
poética
estética
política
invenção
tradição
diferença
Friedensreich Hundertwasser, The Five Skins of Man, 1998. Ink on paper, 29.7 cm x 20.9 cm. Image © 2017 NAMIDA AG, Glarus, Switzerland.
Bispo do Rosário
Além do design como processo está a ideia do design como meio de construir comunidade e não comodidade.
Elizabeth Franco